Meti o cêdê do Emanuel que tinha ali esquecido e lembrei-me do Ricckii, um brejanjo que me assentava como uma luva. Melhor dizendo, ele era pouco exigente, talvez por isso se tenha interessado por mim. Nos cinco primeiros anos ele vestia o fato de treino e eu enchia-me de hamburgeres e eramos felizes com a nossa vidinha de suburbanos. Depois ele havia de me sustentar por mais dez anos, eu a empanturrar-me de croquetes e a fingir orgasmos só para o ver feliz e ele estoirar o ordenado que lhe pagavam na oficina para me levar para a Republica Dominicana. Hoje cá estou eu, mamas a dar-me pelo joelho e duas lipoaspirações no bucho e assim se percebe que o bicho ande a comer a Guilhermina do Café Central.
E era disto que eu me lembrava, associava o Nós Pimba que tocava aos nossos tempos de felicidade.